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Estoques e suas implicações para a empresa

O estoque representa um custo para as organizações e o seu gerenciamento deve ser utilizado como uma ferramenta estratégica na empresa. Possui influência na competitividade de uma empresa, sendo visto como um diferencial perante os seus concorrentes


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O gerenciamento de estoque é importante porque possibilita à empresa operar com um menor custo, além de exercer um considerável papel em sua estratégia competitiva, permitindo uma diferenciação em comparação com os seus concorrentes perante a percepção do cliente. Nesse sentido, é relevante que haja na empresa um controle e planejamento de estoques, sendo essa responsabilidade diluída por todos os níveis hierárquicos.

O estoque é definido por Chiavenato (2008) como “qualquer matéria prima, material, componente, ferramenta ou produto acabado”. Estocar significa guardar algo para utilizar no futuro.

As organizações podem ter estoques de produtos acabados para futuras vendas e de insumos para utilizar na produção de um produto. Quanto maior for o período de estocagem de um item, maior será o custo da empresa com estocagem. Esse custo ocorre porque estoque ocupa espaço alugado ou comprado, requer pessoal para guardar, necessita de seguro contra incêndio e roubos, além de significar dinheiro parado. É claro que o contrário também deve ser um fator preocupante para a empresa, pois a falta de estoque de um item, principalmente da matéria prima, pode causar uma interrupção na produção. As duas situações são extremas e indesejáveis, ressaltando, assim, a importância de uma boa administração de estoque. É importante considerar, também, que quanto mais diversificado for o produto final, maior será o número de itens estocados, acarretando num maior esforço no controle de estoques.

O estoque tem como finalidade assegurar o funcionamento da empresa e proporcionar economias de escalas. Em outras palavras, a estocagem deve evitar ou diminuir os efeitos do atraso no fornecimento de um produto e uma economia através da compra ou produção de lotes econômicos. Também são elementos cruciais para o atendimento às demandas previstas, alimentando todo o fluxo produtivo, permitindo um menor esforço nos processos de compra e possibilitando às organizações, como falado acima, a prática da economia de escalas em muitas tarefas.

Bowersox e Closs (1999) ressaltam que as decisões que envolvem estoques são de alto risco e geram impactos para as organizações.

Um baixo nível de estoque pode acarretar em perdas de economias de escalas e em elevados custos provindos da falta de produtos. Porém, o seu excesso representa para a empresa custos operacionais e custos de oportunidade, devido a um capital parado. Por este motivo, é imprescindível, para uma maior eficiência operacional, que haja um planejamento e controle de estoques. O ato de planejar e controlar o estoque tem como objetivo assegurar um suprimento adequado, mantendo o nível de estoque o mais baixo possível, mas sem causar prejuízos com despesas. Além disso, é possível realizar uma identificação de itens obsoletos e defeituosos e a prevenção contra danos e extravio.

Os estoques integram a vantagem competitiva por diversas razões, tendo em vista que representam emprego de recursos monetários, afetam diretamente as operações diárias da empresa e possuem relação com o nível de serviço e custos da organização.

Os estoques, como já falado acima, possuem ligação com os custos da empresa, porém, ao mesmo tempo, exercem um papel importante na geração de receitas, afetando, assim, diretamente na competitividade e no resultado financeiro da organização. Dentro disto, podem-se identificar dois tipos de custos em relação com o estoque: custos de obtenção e custos de manutenção. O primeiro possui relação com a aquisição de materiais para estoque, envolvendo pesquisas de mercado e despesas com aprovações de fornecedores e processos operacionais de compras ou custos de processos produtivos internos.

Os custos de manutenção, como o próprio nome já diz, abrangem despesas com a manutenção dos inventários, como: custo de área e de mão de obra necessária para o armazenamento, depreciações de equipamentos e instalações, riscos de obsolescências e capital empregado em estoque. Além disso, há custos devido a estoque insuficiente para atender a uma demanda em um dado período de tempo. Esse tipo de custo corresponde às perdas de vendas e deterioração da imagem da empresa. Além do mais, os custos de estoques possuem efeito na lucratividade da organização e no índice de retorno sobre investimentos (ROI).

Chiavenato (2014) ressalta que “os estoques são um ativo circulante necessário para que a empresa possa produzir e vender com um mínimo de risco ou preocupações”. Sendo assim, os estoques também podem alcançar uma grande proporção dos ativos da empresa, já que representam uma forma de investimento. Por isso, é importante que exista uma relação entre os setores que gerenciam o estoque com o setor responsável pela gestão financeira.

Assim sendo, a administração de estoques é e deve ser utilizada como uma ferramenta estratégica da empresa, com foco na redução de seus custos, reduzindo o valor imobilizado e agregando vantagens competitivas para a organização.

 

Fonte: Administradores